Pov de Angel
Assim que saí pra fora liguei meu MP4 na música que eu mais gosto e comecei com uma corrida enquanto escutava “Let Yourself Go” do Green Day. Como eu sempre fazia exercícios pesados eu não poderia fraquejar agora, eu teria que ver uma academia pra mim o mais rápido possível. Já fazia uns vinte minutos que eu estava correndo quando de repente dois rapazes me ultrapassam e eu apenas vi eles olharem pra mim e dizerem ao mesmo tempo.
_ Nossa... Que gostosa!
Eles estavam de blusa de moletom preto e com capuz que tapavam o rosto, mas pude perceber que eles tinham um sorriso de matar. Como adoro desafios acelerei minha corrida, passei entre eles novamente tão rápido que eles se assustaram, eu apenas olhei pra trás dei o meu melhor sorriso e disparei os deixando-os para trás.
Mais algum tempo de corrida depois, finalmente cheguei até uma linda praça onde havia muitas arvores, me aproximei de uma arvore cujo o galho era um pouco baixo e comecei a me alongar novamente, peguei o galho apenas com uma mão, me preparei e comecei a fazer algumas flexões. Depois de algumas séries trabalhando o meu braço esquerdo, fui trabalhar o direito e depois de alguns minutos eu finalmente parei pra descansar e quando me virei os dois rapazes estavam encostados na árvore em frente a essa que eu estava e logo vieram falar comigo.
_ Nossa como você consegue fazer isso? –Disse o rapaz mais baixo sem tirar o capuz.
_ Muito treino. – Respondi ofegante retirando o fone do ouvido. –Meus treinamentos são pesados.
_ Deu pra perceber. –Disse o mais alto. – Por isso que tem o corpo perfeito desse jeito. –Ele disse me secando de cima a baixo.
_ Você não é daqui né? –Disse o mais baixo.
_ Não, sou brasileira. Fui obrigada a vir morar aqui com minha mãe.
_ Só podia ser! –Disse o baixinho todo empolgado. – Com esse bronzeado, com esse corpo escultural e com esse sotaque...
_ Ok, agora me deem licença... Eu ainda tenho que voltar, antes que minha mãe e os unicórnios sintam minha falta e venham atrás de mim.
_ Você vai voltar pelo mesmo caminho? –Disse o mais alto.
_ Sim, porque?
_ Podemos te acompanhar?
_ Nem conheço vocês! Vai que vocês são algum tarado?!
Nisso eles retiraram o capuz e vieram me cumprimentar.
_ Prazer, me chamo Nathan. –Ele disse pegando em minha mão e quando eu pensei que ele iria soltar ele me puxou e me deu um abraço e um beijo na bochecha.
_ Nossa! –Eu disse surpresa. – Me chamo Angel.
Ao me soltar o grandão veio me abraçar também.
_ Prazer, Siva.
Minha nossa que homens são esses? Tô vendo que terei muito trabalho por aqui! Logo fui até o banco me sentar pra descansar um pouco e eles vieram se sentar comigo, um de cada lado.
_ Será que conhecemos sua mãe? – O Siva disse com um largo sorriso.
_ Não sei, talvez sim, talvez não. Ela trabalha pros unicórnios. –Eu disse jogando a cabeça pra trás e olhando para o céu.
_ Unicórnios?! –Disse Nathan achando graça.
_ Os tarados que moram no 1715, conhece?
_ Os idiotas do One Direction?! –Disse Nathan sem acreditar no que acabara de ouvir.
_ Sim, minha mãe é a faz tudo deles.
_ E porque tarados? –Disse Siva.
_ Eles não podem ver mulher que já caem matando em cima. Principalmente o convencido do Harry e o marrentinho do Zayn. Esses dois vivem no meu pé me infernizando.
_ Mas porque você veio pra cá.
_ Bom... Resumindo tudo... Meu pai morreu e fui obrigada a vir morar com a mulher que eu nem conhecia e que achava que estava morta.
_ Você parece ser princesinha... –Disse Nathan sem entender.
_ Vocês já ouviram falar dos Hotéis Dakvell?
_ Sim, já nos hospedamos neles, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.
_ Pois bem, esses hotéis eram do meu pai que agora passaram pra mim, mas só posso pensar em fazer algo apenas quando eu completar maioridade o que ainda falta. (Modo Alice ativado rs)
_ Ué! Você é herdeira de um grande império e mora de favor na casa daqueles idiotas?
_ Eu não sei o que aconteceu com meus pais. Não sei por que a Andy trabalha pra eles. A minha maior surpresa não foi saber que minha mãe trabalha pra alguém e sim que eu iria morar em baixo do mesmo teto que os unicórnios.
_ Gente o papo tá ótimo, mas temos que voltar. –Disse o Siva. –Eu tô com fome.
_ Eu também, mas vou até metade do caminho com vocês, não estou muito afim de ir pra casa agora e aturar aqueles dois tarados no meu pé. –Eu disse rindo.
_ Moramos perto deles. –Disse Nathan. – Porque não vamos tomar café todos juntos?
_ Demorô! –Disse Siva se levantando.
Logo nós três começamos a correr de volta. Até que chegamos rápido e logo eles me convidaram pra entrar. A casa deles é tão linda quanto à dos meninos e assim que entramos já pude ouvir uma bagunça na sala e havia 2 rapazes discutindo e olhando pra tv. Assim que nos aproximamos eles pararam o que estava fazendo e me olharam de cima a baixo.
_ Hey seus vagabundos! –Disse Siva tirando a blusa de moletom e jogando em cima do sofá. –Essa é a Angel. Linda esses são Tom e Max.
Logo eles vieram me abraçar e me darem um beijo.
_ Nossa, eu achava que apenas nós brasileiros eram tão calorosos quando se cumprimentam. –Eu disse rindo.
_ Aprendemos isso com vocês. –Disse Max.
_ Cadê o Jay? –Perguntou Nathan.
_ Não acordou ainda. –Respondeu Tom.
_ Você nos espera? –Disse Siva com um largo sorriso.
_ Eu queria tomar um banho pra poder sair.
_ Fica a vontade, linda. – Disse Nathan. –Banheiro é o que não falta nessa casa.
Então sem perder tempo Nathan me levou até seu quarto e me mostrou o banheiro, me deu uma toalha e logo saiu para que eu pudesse tomar meu banho. Assim que terminei, me enxuguei e vesti meu macacão branco. Eu estava sem graça de sair assim então chamei Nathan.
_ O que foi? –Ele disse se secando.
_ Você não me emprestaria uma regata? É que eu fico sem graça de sair assim por aqui.
_ Para com isso! Você está linda! –Ele disse pegando minha mão e me fazendo dar uma voltinha. –E muito gostosa também.
_ Nathan! –Eu disse rindo.
_ Se estivéssemos no Brasil você estaria com menos roupas, portanto pode parar com essa timidez toda com a gente. Vamos.
Logo que desci as escadas com ele pude notar que o silêncio reinou entre eles e quando olhei eles estavam me secando. Meu macacão apesar de ser branco não era transparente e isso me salvava.
_ Preciso passar na casa dos unicórnios e avisar a Andy que vou sair.
_ Não precisa. –Disse Siva pegando o telefone e apertando alguns números e logo ele entregou pra mim.
Peguei o telefone da mão dele e não demorou muito para eu ouvir a voz de Zayn do outro lado da linha.
_ Zayn a Andy está aí perto?
_ ONDE VOCÊ ESTÁ?! –Ouvi ele gritando do outro lado da linha o que me fez tirar o aparelho do ouvido. – A empregada disse que você saiu daqui cedinho pra se exercitar e não voltou até agora! Me diga onde você está que eu vou te buscar!
Quando olhei para os rapazes eles estavam me olhando em choque.
_ MAS QUE PORRA TOPETUDO! CALA A BOCA! –Eu gritei fazendo-o se calar. – Avisa a Andy que eu estou com uns amigos aqui no condomínio mesmo e que vamos sair pra comer algo.
_ O QUE?! QUE AMIGOS SÃO ESSES?! EU OS CONHEÇO?! SE EU SOUBER QUE TEM MACHO DANDO EM CIMA DA MINHA GAROTA...!
Ao ouvir aquele papo todo dele eu apenas desliguei.
_ Vamos? –Eu disse sem graça, pois eu sabia que eles haviam escutado os gritos do Zayn.
_ Que papo é esse de você ser a garota do Malik?! –Disse Tom fazendo careta.
_ Eu não sou garota de ninguém, ele é que é louco. Ele e o Harry cismaram comigo dizendo que sou a garota deles, imaginem a confusão não é?
Logo fomos pro carro de Siva e em uns cinco minutos finalmente chegamos. Assim que descemos eles colocaram o capuz e óculos escuros.
_ Pra que tudo isso?
_ Vai dizer que não sabe? –Disse Max.
_ Se eu soubesse estaria perguntando?
_ Vamos entrar logo antes que alguma fã doida nos reconheça. –Disse Siva pegando em minha mão e me puxando.
Assim que entramos fomos direto pra uma mesa ao fundo do lugar, fizemos nossos pedidos e começamos a comer. Eu estava vendo que ali estava crescendo uma grande amizade entre nós. Já tínhamos terminado nosso café e conversávamos animadamente, quando me assusto com Zayn e os meninos ao meu lado e pela cara dele eu pude perceber que ele estava vendo em vermelho.
_ MAS QUE PORRA É ESSA AQUI?! –Ele disse todo vermelho e tremendo de raiva.
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